Portfólio: prêmio em Educação

Em 2013, tive a honra de ser indicado como um dos finalistas na categoria internet do Prêmio Estácio de Jornalismo, que escolheu as melhores e mais relevantes reportagens sobre Ensino Superior no país. Fui selecionado, ao lado dos colegas Rafael Passos e Luana Cruz, pelo trabalho na série "Entre o ensino técnico e o superior", do Portal Uai/em.com.br e do Jornal Estado de Minas, que mostrou a batalha travada pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) para ser reconhecido como universidade pelo Ministério da Educação.

Além disso, em 2012, em outra grande cobertura dentro da Editoria de Educação, produzi a série "Pesquisa ameaçada", que mostrou a realidade dos pesquisadores que, com dedicação exclusiva à universidade e longe de sua cidade natal na maior parte dos casos, precisavam sobreviver com bolsas defasadas e ainda responder à pressão (e os gastos) da vida acadêmica, publicando e viajando para participar de congressos e seminários. Por fim, a reportagem acabou levando o Ministério da Educação a reajustar o benefício depois de quatro anos.


Seguem abaixo os links das notícias principais destas duas importantes coberturas que realizei na área, com a qual flerto desde os tempos de estagiário na PUC Minas e na PBH:

Bolsas de mestrado e doutorado entram no quarto ano sem reajustes



Começaram em Viçosa, na Zona da Mata mineira, os preparativos para mais um "apagar de velas" que atinge todos os alunos de pós-graduação do País, especialmente mestrandos e doutorandos. Embora possa sugerir um momento de festa, o gesto articulado pelas associações de pós-graduandos (APG's) traz um significado carregado de ironia e tom crítico, já que a ocasião "celebrada" são os quatro anos sem reajuste nas duas principais bolsas brasileiras de fomento à pesquisa, a do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), acumulando, ao longo desse período, uma perda estimada de 40% em seu valor. O último aumento (foto) foi realizado no dia 06 de junho de 2008, por resolução do então presidente do CNPq, o cientista Marco Antonio Zago.

Ao invés de apitos, tinta para o rosto ou nariz de palhaço - adereços comuns em protestos estudantis -, a ação organizada pela APG da Universidade Federal de Viçosa (UFV) utilizou o Facebook como ferramenta para soprar simbolicamente uma vela para cada ano sem melhorias no benefício. "Os futuros professores e pesquisadores deste País devem ser tratados com mais dignidade para um casamento de sucesso entre educação e ciência de qualidade", diz parte do manifesto publicado na rede social. O presidente da APG/UFV, André Ricardo e Silva, atualmente no pós-doutorado em Medicina Veterinária, recorre ao educador Paulo Freire para explicar a ideia do protesto. "É preciso ajudar a formar esse poder crítico sobre a situação para que os pós-graduandos tenham a consciência necessária para mudá-la", pontuou.


Cefet-MG luta para ser reconhecido pelo MEC como Universidade Tecnológica Federal  


"Uma universidade de fato, mas não de direito". É assim que o diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), professor Márcio Silva Basílio, define a instituição, que luta há mais de uma década para ser reconhecida como Universidade Tecnológica Federal. Nesta segunda-feira, o esforço ganha novo capítulo na Câmara Municipal de Belo Horizonte, que recebe, às 14h, o lançamento da Frente Parlamentar. A mobilização promete levar ao Congresso Nacional o debate que pode significar o "nascimento" de campi universitários nas nove cidades mineiras onde a escola atua, beneficiando diretamente cinco regiões do estado e mais de 11 mil alunos.

O principal objetivo do movimento encabeçado pelo deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG) - e que conta com a participação de outros parlamentares de Minas Gerais e do Rio de Janeiro - é dialogar com o Ministério da Educação (MEC) para que o Cefet-MG e o Cefet-RJ sejam transformados em universidades, a exemplo do que aconteceu no Paraná, em 2005, após publicação da Lei 11.184/2005. O MEC, no entanto, deseja torná-los Institutos Federais de Educação (IFEs), o que garantiria a continuidade dos cursos técnicos, apontados como principal entrave nas negociações, uma vez que o MEC teme que os mesmos sejam encerrados, como ocorreu no Sul do país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário